Cetesb deve fazer nova reunião sobre contaminação do solo da USP Leste

Para agência ambiental, problema não traz riscos para usuários do campus. Professores e funcionários permanecem de braços cruzados.
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Para agência ambiental, problema não traz riscos para usuários do campus.
Professores e funcionários permanecem de braços cruzados.

A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) voltou a se encontrar com representantes do campus de Ermelino Matarazzo da Universidade de São Paulo, na Zona Leste de São Paulo, no último dia 18.09(quarta-feira), para tentar acalmar a comunidade acadêmica sobre o problema de contaminação do terreno. No dia 16.09, as aulas permaneceram suspensas devido à greve de professores, como informou o Bom Dia São Paulo.
No último dia 12.09(quinta-feira), representantes da agência ambiental explicaram para a direção da universidade e para professores que o problema não oferece riscos as 4 mil pessoas que circulam pelo campus. Na avaliação da Cetesb, não há risco de explosão apesar da presença do gás metano, que se forma da decomposição de material orgânico.
Placa
Professores, funcionários e alunos decidiram pela paralisação após uma placa ser colocada com a logomarca da Cetesb informar sobre a concentração de gás metano no terreno. Em nota, a agência ambiental informou que a placa foi afixada “indevidamente” dentro da USP Leste e negou que a área esteja "interditada por conter contaminantes com risco à saúde".

Em nota, a Cetesb informou que o problema da contaminação se concentra no subsolo. Por esse motivo, há restrições ao uso da água subterrânea e ao contato direto com o solo nas áreas que ainda serão objeto de estudos complementares, de acordo com exigências já feitas pela companhia.
A Cetesb afirmou que emitiu um auto de advertência para a universidade no começo de agosto, exigindo o cumprimento de alguns pontos da licença de operação pra sanar o problema do vazamento de gás.
Afastamento
Professores, alunos e funcionários pediram a saída do diretor da unidade, alegando que ele não pode permanecer no cargo enquanto não forem apuradas as responsabilidades sobre a situação ambiental do campus. A reitoria da USP informou que Boueri Filho continuava no cargo. A decisão de remover o diretor da USP Leste cabe ao Conselho Universitário.
Grevistas decidiram em assembleia que os funcionários devem manter o funcionamento dos serviços essenciais.
A universidade afirmou que mandou relatórios para a Cetesb para assegurar que não existe risco de explosão e que está em processo de contratação de empresas para a instalação de exaustores para solucionar o problema.
A Cetesb diz que considera normal a licença ambiental do campus Leste da USP ter sido dado sete anos depois do início das atividades em 2005 e informa que a licença só é dada depois do término das obras nos prédios.
Outros casos
O Shopping Center Norte, na Zona Norte de São Paulo, chegou a ser interditado por dois dias pela Prefeitura de São Paulo, em outubro de 2011, depois que a Cetesb constatou concentrações do gás acima do aceitável. A região foi utilizada durante décadas como depósito de lixo antes da construção do shopping, na década de 1980.
Perto do shopping Center Norte, o Conjunto Habitacional Zaki Narchi também apresentou problemas de concentração de gás metano. O conjunto habitacional que tem 35 blocos residenciais fica a cerca de 300 metros do antigo lixão do Carandiru, que serviu de depósito de resíduos entre os anos 1950 e 1970. A Prefeitura determinou obras de drenagem do gás.

(Fonte: G1 - 16/09/2013)

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