Flutuador vai medir nível de oxigênio das represas que abastecem SP


13/11/2010 13h29 - Atualizado em 14/11/2010 09h24 Trabalhos devem durar dois meses e meio em quatro represas.

Dan Robson, guardião do equipamento, vai percorrer 400 km.

A partir da próxima terça-feira (16) a TV Globo retoma o projeto do flutuador, que percorreu o Rio Tietê no ano passado medindo o nível de oxigênio de suas águas. Agora, o equipamento vai verificar a situação de represas dos principais sistemas responsáveis por 90% do abastecimento de água da região metropolitana: Rio Grande, Guarapiranga, Cantareira e Alto Tietê. Os trabalhos devem durar dois meses e meio – com mais de 400 km percorridos.


O projeto vai começar na Represa Billings, em São Bernardo do Campo, no ABC. Dan Robson, o guardião do flutuador na outra edição do projeto, volta a acompanhar o equipamento pelas águas. O caiaque usado por ele mudou – tem o fundo transparente. “Ele é um pouco mais estreito, porque a água aqui não é tão turva nem tão perigosa quanto a do Tietê, então da para fazer uma viagem mais tranquila do que no ano passado”, disse Robson.
No total, oito sistemas abastecem a Grande São Paulo. Em alguns casos, a água vem de longe – de Piracicaba, no interior do estado, e até de Minas Gerais. Em outros, ela vem de uma região de mananciais na região metropolitana, que está ameaçada.
"São vinte milhões de habitantes morando na região metropolitana de São Paulo, uma região de cabeceiras, onde a quantidade de água é menor e uma região que historicamente poluiu quase todos os seus rios, basta ver o Pinheiros, o Tietê, o Tamanduateí, o Anhangabaú, são rios que estão completamente impróprios pro consumo", diz a ambientalista Marússia Whataly.

"O que preocupa são as construções nas encostas que provocam aí deslizamentos e consequentemente, na época de chuva, esse deslizamento vem pra dentro do reservatório provocando aí uma perda de volume e comprometimento da qualidade", explica Carlos Roberto Dardes, gerente de recursos hídricos da Sabesp.No sistema Cantareira, que abastece quase 9 milhões de pessoas, o homem avança sobre a Mata Atlântica que cobria a região. A ocupação se reflete na represa de Paiva Castro, entre Franco da Rocha, Mairiporã e Caieiras.


Na Billings, um cemitério de carros foi descoberto na beira da água. Na Guarapiranga, é possível ver sujeira por todos os lados. Em torno delas, 2,5 milhões de pessoas vivem em condições precárias.
Áreas de preservação permanente foram ocupadas irregularmente. A dona de casa Vanessa de Jesus mora em uma delas há 17 anos. "Nas épocas de muita chuva que tem enchente a água infiltra dentro da casa, a gente tem que tirar a água com baldes para não encher, para não destruir mesmo os móveis que tem dentro da casa."
Tratamento

Na Guarapiranga, apenas 60% do esgoto das casas é coletado – e apenas o que está na margem direita é tratado. O processo de limpeza da água tem várias etapas, cada uma com um tratamento específico.


"A gente controla o PH, cor, turbidez, fluoretação, alcalinização e a cloração da água”, explica José Batista Filho, técnico em saneamento básico.
São quatro horas de trabalho até a água estar pronta para o consumo. Para garantir a qualidade, tem ainda uma prova final. Com o paladar e o olfato afiados, os degustadores se reúnem, toda semana, para experimentar a água tratada.
Em cada encontro, eles avaliam a água de dois sistemas de abastecimento. A sala onde eles trabalham precisa ser reservada, silenciosa e ter temperatura entre 20ºC e 25ºC.
O problema maior é que, depois de tanto investimento, 26% da água tratada se perde. A causa são fraudes, ligações clandestinas, hidrômetros antigos e furos na rede, os grandes vilões.
“Essa tubulações, até pela idade, estas estão mais sujeitas a ter um rompimento por fadiga de material. É uma das razões pelo qual nos temos uma quantidade razoável de vazamento nessa região”, explicou Paulo Massato, diretor metropolitano da Sabesp.
A companhia montou uma equipe especializada em caçar vazamentos. Entretanto, enquanto uns trabalham para economizar a água, outros não parecem tão preocupados e a desperdiçam lavando calçadas, por exemplo.

Comentários
3 Comentários

3 comentários:

  1. Pra Hoje! disse...:

    Olá Rogério,

    Muito obrigada pela visita!

    Adorei o seu Blog!

    Viva a Sustentabilidade!

    Abraços

  1. Diêgo Lôbo disse...:

    Olá Rogério,
    Sou Diêgo Lôbo, criador e editor-chefe do E esse tal Meio Ambiente.
    Passando em seu blog verifiquei que está usando a página "Meio Ambiente de A a Z", criado por mim. Você pode verificar aqui: http://essetalmeioambiente.com/?page_id=1559.
    A ideia de se escrever em blog é de se compartilhar e construir informações juntos. Trabalhamos voluntariamente, em meio a tantas outras coisas que fazemos, o que torna o trabalho bastante laboroso.
    Logo, não acho justo ter esse trabalho copiado sem crédito algum a quem gastou bastante tempo, bastante mesmo, para fazê-lo.

    Por isso, peço que reavalie a inserção desse conteúdo em seu blog.

    Muito grato,
    Diêgo Lôbo

  1. Diêgo Lôbo disse...:
    Este comentário foi removido pelo autor.

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