A empresa foi escolhida pelo Guia Exame de Sustentabilidade como a empresa mais sustentável do Brasil em 2009.
Conheça o programa de sustentabilidade do Walmart em http://www.walmartbrasil.com.br/sustentabilidade
Conhecer para mobilizar
Por Marcos Samaha, Presidente e CEO do Walmart Brasil
“ O brasileiro está alinhado com
as necessidades do seu tempo no
que se refere à preservação do
meio ambiente? ”
A construção do conhecimento sobre uma sociedade requer a compreensão de quem são as pessoas que a compõem, quais são suas necessidades, aspirações e, sobretudo, como elas desejam compartilhar seus valores para a construção de um futuro cujas premissas possam ser orientadas pelos princípios da sustentabilidade e do respeito à individualidade e direitos de escolha.
O Walmart Brasil apoia a pesquisa “Sustentabilidade: Aqui e Agora”, realizada em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) do Brasil, justamente porque acredita que só conhecendo os valores desta sociedade será possível estabelecer ações, iniciativas e políticas públicas adequadas a estes valores.
Este estudo mostra que o brasileiro está alinhado com as necessidades de seu tempo no que se refere à preservação do meio ambiente. Deseja produtos e serviços que tenham a inovação como valor e a visão de um mundo mais sustentável como compromisso. O Walmart Brasil tem apoiado o Ministério do Meio Ambiente na disseminação da campanha “Saco é um Saco”, com o objetivo de reduzir o uso de sacos plásticos no comércio. Ficamos especialmente entusiasmados ao ver que a sociedade brasileira anseia pela criação de políticas públicas que sigam estimulando a redução do uso deste material.
Analisando os resultados desta pesquisa é possível constatar que a sociedade brasileira é sensível aos desafios que precisa enfrentar para manter o meio ambiente saudável e que cada brasileiro está disposto a contribuir com seu esforço pessoal – muitas vezes bastando que lhe seja mostrado o caminho.
Nós, do Walmart Brasil, também queremos ser parte desta história de mobilização e superação. Estamos trabalhando para levar à sociedade produtos com atributos de sustentabilidade e que, cada vez mais, estão sendo demandados pelos brasileiros. Sem dúvida, este esforço reflete a missão do varejo de ser parte da solução para os grandes desafios que enfrentamos neste século.
Para o Walmart, a contribuição para se conquistar o equilíbrio econômico, social e ambiental é parte do processo de construção de uma empresa melhor por meio do diálogo permanente com a sociedade e, em consequência, pela adoção de práticas e políticas que possibilitem alcançar a perenidade dos negócios e das comunidades nas quais estamos presentes no Brasil e no mundo..
O percurso entre a lembrança e comportamento
Por Eduardo Sincofsky, vice-presidente da Synovate Brasil
Os dados da pesquisa sobre Sustentabilidade e Hábitos de Compra da Synovate, em parceria com o Walmart e o Ministério do Meio Ambiente, confirmam uma tendência já detectada: o Brasil dá seus passos na agenda “verde”, por ora mais centrada no conhecer e aderir ao assunto, do que necessariamente mudar o comportamento.
Neste cenário, a formação da opinião pública revela um entrelaçado de percepções e fatos concretos.
Podemos enumerar três passos para construir a causa ambiental:
lembrança do assunto, “qualificação” do mesmo, quando alguma ideia ou opinião sobre o tema aparece, e, finalmente, o momento de ação, quando memórias e subjeções partem para a prática.
Pelos resultados analisados, o brasileiro, hoje, dá os primeiros dois passos no assunto, exibindo aderência na preocupação da população por questões ambientais. Embora ele ainda esteja longe de ser o principal problema da cidade ou bairro, surgem dados incontrastáveis que delimitam a questão: 9 brasileiros em 10 acreditam que “da forma como usamos a água, dentro de pouco tempo não teremos água para beber”, e apenas 1 em 5 concorda com que “a preocupação pelo meio ambiente no Brasil é exagerada”.
Inicialmente poderíamos caracterizar estes fatos como comportamentos “politicamente corretos”. Sem dúvida. Contudo, isto não invalida o momento de qualificação que o brasileiro começa a fazer do tema.
Já na análise sobre aquilo que ele está disposto a fazer, confirma-se um resultado claro: o brasileiro não está disposto a pagar “com dinheiro” por produtos ambientalmente corretos. Que coisas ele estaria propenso a fazer, então? Do mesmo modo que foi detectado em outros trabalhos, aparecem atividades que não “doem” no bolso, como “eliminar o desperdício de água”, “separar o lixo doméstico” e “reduzir o consumo de energia”.
Dois dados já conhecidos se consolidam nesta pesquisa:
- Curitiba mostra-se na maioria dos quesitos como uma cidade onde a população é destacadamente mais favorável às ações e que efetivamente toma atitudes em prol do meio ambiente:
- As classes mais altas mostram-se mais engajadas pela causa.
A pesquisa mostra que ainda há um longo caminho a ser percorrido até o passo três. Quando abordados sobre o que efetivamente fazem em favor do meio ambiente, fica claro que existe um abismo entre comportamentos e pensamentos. Olhando algumas práticas do cotidiano, vê-se um enorme território de objetos que ainda são depositados em lixos comuns. E provavelmente o dado mais revelador da pesquisa: quase 1/5 da população possui lixo eletrônico em casa por não saber o que fazer com ele.
Seguramente um dos maiores desafios seja como articular junto com o setor produtivo como a indústria pode absorver os investimentos em produtos verdes. Se o consumidor não está disposto a pagar por produtos “ambientalmente corretos”, alguém terá que arcar com essa conta. Se compararmos apenas uma questão com outros países (pesquisa Synovate em 22 países em 2010), constatamos novamente o quanto o Brasil ainda tem para evoluir nesta arena.