Data: 24/09/2012 /
Fonte: Revista Emergência
Os bombeiros da
América do Sul, muitas vezes, por falta de dotação orçamentária, por
desconhecimento e ainda por omissão do fabricante de equipamentos, não
consideram importante utilizar trajes de combate a incêndios estruturais com
certificação NFPA 1971:2007.
A norma NFPA 1971,
edição 2007, para Indumentária de Proteção a Incêndios Estruturais foi feita
para indicar os mínimos de proteção para que um bombeiro esteja o mais
protegido possível frente a um incêndio. Deste equipamento depende a vida do bombeiro
e esta é a grande importância a ser levada em conta pela comissão de
especificação na hora de decidir a compra.
Certificação
Devemos saber identificar a diferença entre um traje certificado e um elemento
do equipamento certificado. Por exemplo, um fabricante de tecidos pode ter
todos os seus produtos relativos à proteção de bombeiros certificados por NFPA
1971:2007, mas isto não quer dizer, de nenhuma maneira, que quem utiliza estes
produtos em um traje de proteção terá seu produto automaticamente certificado.
A certificação de
um traje envolve o exame minucioso de sua construção, acessórios, costuras,
selagem da barreira de umidade, respirabilidade e muitos outros itens. Isto
significa que o conjunto todo deve ser certificado e não somente seus
componentes individualmente.
Na página da UL (www.ul.com), entrando no menu "On Line
Certifications Directory", opção "UL Category Code", coloque
QGVG, que é a categoria de trajes estruturais certificados. Lá encontra-se a
listagem dos fabricantes que têm trajes certificados.
ISO 9001
No item 4.5.3 da
NFPA 1971:2007, pede-se como requerimento mínimo a certificação do fabricante
do traje pela ISO 9001, gestão de qualidade contínua. Este pode ser um bom
ponto de observação para saber se um fabricante tem uma certificação NFPA 1971
ou não. Esta certificação do fabricante do traje em conjunto com a certificação
do fabricante do componente permite, entre outras coisas, garantir a
rastreabilidade do item. Assim, em caso de defeito, pode-se descobrir qual o
rolo de origem, o lote de fabricação, data de entrega, etc. O fabricante do
tecido deve ter testemunhos de cada lote fabricado, de forma a garantir a
possibilidade de refazer os testes em caso de problemas.
Autor: Luiz Zaidan
Foto: Arquivo/Tencate Protective Fabrics