Estudante cria máquina que promete tirar mais de 7 milhões de
toneladas de lixo dos mares em 5 anos
O planeta vive na era do plástico: nas embalagens, garrafas PET,
no painel dos carros, nos eletrodomésticos, eletroeletrônicos... Se o material
é hoje indispensável para a sociedade, o descarte inadequado dele preocupa,
especialmente porque sua decomposição é demorada e por boa parte ir parar nos
oceanos.
O jeito é botar a cabeça pra funcionar e pensar em uma solução.
Foi isso que fez o estudante holandês Boyan Slat. Com o apoio da Ocean Clean up
Foundation (Fundação para Limpeza do Oceano), o jovem criou o protótipo de uma
raia-robô gigante, que remove esses detritos do mar.
A questão é que se já é difícil fazer uma faxina em casa, no seu
quarto, que dirá no oceano! Não há boa vontade nem aspirador que dê conta!
Slat, então, criou uma estratégia em que usa o próprio lixo para fazer a
limpeza. Como? A sujeira, como tudo no mundo, está sujeita às leis da física e
não fica estática no mar. O que isto quer dizer? Ela boia e se move. Mas, e
daí? E daí que Slat pretende fazer os materiais se moverem na direção que ele
quer, para poder coletá-los e processá-los.
O projeto prevê que o sistema funcione com energia solar e
energia gerada pelo movimento das correntes marítimas
Para isso, ele contaria com uma mãozinha da mãe natureza: o fluxo
das correntes marítimas. Alguns pontos do oceano são focos mais suscetíveis de
acumulação de resíduos. A raia-robô, instalada em pontos-chave, funcionaria
como um funil, que leva o lixo em direção a uma plataforma de processamento no
seu centro, onde ocorreria uma seleção entre o que não presta mais e o que pode
ser reciclado.
Slat pensa alto e afirma que seu invento poderia extrair mais de
sete milhões de toneladas de resíduos em apenas cinco anos. Não é todo o lixo
que está nos mares, mas já é um ótimo começo! Na prática, essa proposta é
viável? Só o tempo dirá... Esse sistema, acredita ele, não demanda tanta mão de
obra e agride menos o meio ambiente do que um barco coletor, por exemplo. Seria
uma nova tecnologia sustentável. Um grupo de 50 engenheiros está a postos,
analisando cada detalhe do projeto no intuito de torná-lo viável e
autossuficiente por meio da utilização de placas fotovoltaicas que captam
energia solar. O próprio movimento das correntes também auxiliaria na geração
de energia.
O estudante ainda precisa de mais umas cabeças pensantes e está à
procura de outros profissionais para ajudá-lo. Por enquanto, cabe a nós
esperar, torcer para que dê certo e fazer a nossa parte, afinal, se você não
pode limpar, não suje...
Para conhecer melhor o projeto de Boyan Slat clique no site
oficial do
estudante.
Fonte: Bayer Jovens