Novela Velho Chico inspira discussão sobre meio ambiente no Viva a Mata



Sônia Bridi (Globo), Rodrigo Medeiros (Conservação Internacional), Pedro Paulo Diniz (Fazenda da Toca), Malu Ribeiro (SOS Mata Atlântica) e Fernando Viana (Fazenda Vale das Palmeiras) participam de bate-papo no MAR
Crédito: Kiko Cabral

 

"A tragédia do meio ambiente não é uma tragédia sem a gente". Foi reforçando a conexão entre o homem e a natureza que a jornalista Sônia Bridi deu início ao seminário Outras Vozes do Velho Chico, que discutiu sustentabilidade, meio ambiente e agroecologia inspirado pela novela Velho Chico. O encontro também lançou a 9ª edição dos Cadernos Globo, Vozes do Velho Chico, que aborda 'o rio' , 'a terra' e 'a gente' por meio de artigos, entrevistas e reportagens, além de ter exibido um minidocumentário produzido por estudantes e estagiários da Universidade Vale do São Francisco (Univasf) sobre o perfil de moradores da região. Realizado na manhã desta sexta-feira (20/05) no Museu de Arte do Rio (MAR), o debate é parte da plataforma Menos é Mais, da Globo, e compõe a programação do “Viva a Mata”, promovido pela Fundação SOS Mata Atlântica.
Os especialistas Rodrigo Medeiros (Conservação Internacional), Malu Ribeiro (SOS Mata Atlântica), Pedro Paulo Diniz (Fazenda da Toca) e Fernando Viana (Fazenda Vale das Palmeiras) foram convidados a desconstruir cinco cenas da novela das 21h da Globo em busca de exemplos de como a arte pode trabalhar a favor de causas ambientais. “A novela Velho Chico, que tem por personagem principal o rio, traz uma excelente oportunidade para tratar o tema da sustentabilidade. A parceria inédita da Globo com a Conservação Internacional permite um suporte técnico para os autores, potencializando o alcance das mensagens relativas ao meio ambiente”, comentou Beatriz Azeredo, Diretora de Responsabilidade Social da Globo.

Rodrigo Medeiros reforçou a importância da parceria inédita entre a Globo e a Conservação Internacional na produção de um conteúdo ecologicamente consciente, informativo, verdadeiro e ao mesmo tempo agradável para a população brasileira. "Utilizar as novelas - um veículo tão popular - e trazer para dentro do seu conteúdo essa mensagem de como a natureza é importante para a população é uma oportunidade única. É a melhor forma de incorporar a cultura da sustentabilidade na vida das pessoas.", destacou.

Ao refletir sobre possíveis soluções para a região do Vale do São Francisco, Malu Ribeiro é categórica: "Os rios são espelhos do nosso comportamento. Tudo que a gente faz na bacia hidrográfica e nas cidades é refletido nesse rio. Você não defende a água e as florestas se não tiver parceria com agricultores familiares, quilombolas, índios, grandes empresas e a população dos grandes centros urbanos". Também defensor do trabalho colaborativo, Pedro Paulo Diniz reforça: "Desenvolver parcerias e cooperativas, promover relações e inter-relações é o jeito de fazer a mudança do jeito que a gente quer. Tem que ser coletivo e tem que ser inclusivo".

Aprofundando a discussão sobre participação social nas causas ambientais, Fernando Viana ressalta a importância das escolhas de consumo e valorização do conhecimento empírico local. "Podemos começar a mudança pelas nossas opções de consumo. Se optarmos pelo alimento orgânico, pela agricultura familiar, por exemplo, já vamos estar dando uma grande contribuição".

Viva a Mata

Promovido pela Fundação SOS Mata Atlântica, o evento está em sua 12a edição e tem como objetivo a troca de experiências e a sensibilização dos cidadãos sobre a importância de proteger o bioma e acontece entre os dias 19 e 22 de maio, quando o público poderá participar de uma série de atividades gratuitas em diversos pontos da capital fluminense, com painéis de discussão e ações de mobilização e educação ambiental.








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