Pessoas com deficiência e a equoterapia para melhor qualidade de vida


Paciente durante tratamento com cavalos em Fernandópolis (Foto: Reprodução/ TV TEM)


Pessoas com deficiência em Fernandópolis (SP) estão conseguindo grandes melhoras na qualidade de vida com a equoterapia, um tratamento feito com cavalos. Todo o tratamento é de graça e feito por voluntários. No início do passeio, Gabriel estava meio tenso, mas bastaram algumas voltas na arena para ganhar confiança e até chamar atenção da mãe. E a diversão do Gabriel também é um tratamento de saúde. Ele tem Síndrome de Down e a mãe viu na equoterapia mais uma possibilidade de melhorar a qualidade de vida do filho. (Ele se percebe enquanto pessoa, tem uma interação com os outros e acho que isso ajuda muito o tratamento), afirma a mãe, Graziela Mazeti. Outras 20 crianças com problemas cerebrais e físicos frequentam as aulas oferecidas de graça no haras em Fernanópolis. Luís Felipe faz a terapia há três meses e a família está satisfeita com os resultados. (Ele não sentava e agora fica mais tempo sentado, quer levantar, mais disposto, cada coisa que ele faz para nós é uma vitória), diz o pai, Fabrício Henrique Laroca. Apesar de o percurso ser pequeno e as passadas do animal lentas, a atividade é capaz de estimular o cérebro. Os movimentos do cavalo podem melhorar o equilíbrio e a coordenação motora do paciente. (O cavalo tem movimento tridimensional, para cima, para baixo e para os lados. Isso ativa a musculatura do tronco e da cabeça e faz a criança ter conscientização corporal), afirma a fisioterapeuta Edna Maria de Souza. Quem ainda não consegue se equilibrar sozinho em cima do cavalo vai acompanhado. Os pacientes são de várias cidades da região. Gislaine viaja cerca de 60 quilômetros, duas vezes por semana, para trazer o filho Gustavo para as sessões. A mãe acompanha os exercícios de perto e comemora cada conquista. (Ele tem muita dificuldade de equilíbrio de tronco e a gente tenta conseguir isso com o tratamento), diz Gislaine Leonel. O tratamento é oferecido pela Associação Sou Alguém, que conta com a ajuda de doações para manter a equipe composta por um guia, uma fisioterapeuta e uma psicóloga, além da alimentação dos animais. O espaço e os dois cavalos foram cedidos por Laércio Vidali Júnior. Ele abriu as portas do haras da família, para a comunidade, por tempo indeterminado. (Para mim é uma bênção participar de um projeto deste também, porque dá para ver o progresso das crianças e isso faz bem para mim também), afirma. Para não correr o risco de interromper o tratamento e aumentar o número de pacientes atendidos, ainda é preciso mais apoio. (Se a gente conseguir alguém que ajude mensalmente é muito bom, porque a gente precisa sair correndo atrás de ajuda e isso é muito cansativo, desgasta demais), afirma Maria Tereza dos Santos, presidente da associação. Para quem puder ajudar, basta entrar em contato pelo email projetosoualguem@gmail.com. 
 

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