Rogério Princiotti abr 4, 2019
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe) começa no próximo dia 10 (quarta-feira) com algumas novidades. Além de iniciar a imunização pelo público infantil, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filho nos últimos 45 dias), em vez dos idosos como era feito anteriormente, a 21ª campanha ampliou a faixa etária das crianças contempladas. Neste ano, poderão tomar a vacina pelo SUS aquelas com idade entre seis meses até cinco anos, 11 meses e 29 dias (menores de seis anos), sendo que antes a idade limite era de cinco anos incompletos.
Foto: Fabio Nunes Teixeira
Em Guarulhos, as doses poderão ser encontradas em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS). A estratégia adotada pelo Ministério da Saúde de vacinar primeiramente crianças, gestantes e puérperas, entre os dias 10 a 19 de abril, se deve à dificuldade de imunizar esses grupos, os quais vêm registrando baixa cobertura nas campanhas anteriores. Neste período, também será realizada a atualização da Caderneta de Vacinação dessas pessoas com a oferta das demais doses do Calendário Nacional.
Na sequência, a partir de 22 de abril, serão imunizados os demais públicos contemplados pela Campanha: profissionais de Saúde; professores das redes públicas e privadas; pessoas com idade igual ou superior a 60 anos; povos indígenas; jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas; população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional; além das pessoas portadoras de doenças crônicas mediante prescrição médica. A meta é imunizar pelo menos 90% de cada um dos grupos prioritários contra influenza.
Nessa segunda etapa da Campanha também será realizada a atualização da Caderneta de Vacinação das crianças, das gestantes e das puérperas que não compareceram no período inicial dedicado a estes grupos. Além disso, ainda haverá nessa fase a oferta das demais doses do Calendário Nacional. A Campanha contra a Influenza se estende até 31 de maio, com a realização do Dia D no sábado (4 de maio).
Vacina trivalente
Produzidas pelo Instituto Butantan, as doses utilizadas nas campanhas nacionais contra a influenza são trivalentes e protegem contra três tipos de vírus: A H1N1, A H3N2 e B. A composição da vacina é estabelecida anualmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de acordo com as informações recebidas de laboratórios de referência sobre a prevalência das cepas dos vírus em circulação.
A estratégia de vacinação contra a gripe foi incorporada no Programa Nacional de Imunizações em 1999, com o propósito de reduzir internações, complicações e mortes da população alvo para a vacinação no Brasil. A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e à morte, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco, e que são justamente os que integram os grupos priorizados pela Campanha.
Em 2018, foram confirmados 1.381 óbitos por influenza no Brasil, sendo 917 por A H1N1; 129 pelo vírus A não subtipado; 78 pelo B; e 257 pelo A H3N2. Neste ano, o estado do Amazonas enfrenta um surto de influenza, com 301 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave e 26 mortes registradas até o dia 5 de março passado.
Segundo o Ministério da Saúde, desse total de casos notificados no Amazonas, 60 tiveram confirmação para o vírus influenza, 34 por outros vírus, cinco foram descartados e 202 ainda seguem em investigação. Em Guarulhos, foram confirmados 10 óbitos por influenza em 2018, sendo nove decorrentes do vírus A H1N1 e um pelo vírus A não subtipado.
Fonte : guarulhos em rede